quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Agora e o Depois

Dois momentos ligados,
Dois momentos entrelaçados,
Dois minutos entre horas,
Dois fragmentos de tempo do ora e do agora.


Minutos dois são os que foram,
Forram o que seria o entendimento,
Desencadeado pelo agora
Aproveitados pelo singelo depois.

Agora são dois momentos desligados,
Desligados e entrelaçados como siameses
Apartados do agora e irmanados no depois.
Agora é a hora do que virá depois.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Tempo que arde

Passa como o cigarro que arde,
Desgarrado num qualquer cinzeiro esquecido.
Arde o cigarro, bate o ponteiro do relógio,
Estático relógio do lume que arde.

Arde o cigarro contínua e pausadamente,
Bate a hora, move-se o ponteiro, apaga-se o cigarro.
O Cigarro e o tempo do relógio que não avança.
O ponteiro dança, o cigarro acende-se, o fumo avança...

Avança alado como o relógio iludido pelo tempo que passa.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ao lado do caminho.

Passou-me ao lado o propósito,
Ladeou-me o fito do discernimento,
Ultrapassou-me o sentir do entendimento.
Fugiu fulgurante o deslumbre do pensamento.


Corri ao lado do eléctrico do consciente...
Agarrei-me aos seus pórticos com força, mas caí,
Estatelei-me na calçada das estrelas sem norte e sul.
Perdi-me no Galáxia dos Sonhos desgarrados do Ocidente.