terça-feira, 26 de julho de 2011

"In The Dark Places"

"We got up early,
washed our faces,
walked the fields
and put up crosses.
Passed through
the damned mountains,
went hellwards,
and some of us returned,
and some of us did not.

In the fields and in the forests,
under the moon and under the sun
another summer has passed before us,
and not one man has,
not one woman has revealed
the secrets of this world.

So our young men hid
with guns, in the dirt
and in the dark places. "

PJ Harvey

sábado, 16 de julho de 2011

"Strangers"

Ohh........
Can anybody see the light
Where the morn meets the dew and the tide rises
Did you realise, no one can see inside your view
Did you realise, for why this sight belongs to you

Ohh........
Just set aside your fears of life
Thru this sole desire

Done it warning
Done it now
This ain't real
On in this side

Done it warning
Done it now
This ain't real
On in this side

Done it warning
Done it now
This ain't real

Done it warning
Done it now
This ain't real
On in this side

Ohh............
Can anybody see the light
Were the morn meets the dew and the tide rises
Did you realise, no one can ever see inside you view
Did you realise, forewhy this sight belongs to you

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dedos


Prolongamento do nosso pulso.
Móveis e ágeis são o móbil da sensação.
Nas pontas carregam impressões,
Partilhadas ou íntimas.

Dedos de uma mão, de duas mãos
Que em comunhão se entrecruzam,
De um só portador ou em partilha
De alguém que se palmilha.
Em busca de um mar de emoções.
Dedos de uma mão, mais não são
Que a proximidade ou a distância
De uma outrora partilhada paixão.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Solitária Nuvem de Julho


Céu Limpo claro e refulgente,
Céu de Julho, Sol de Verão Quente.
Paira nesse Céu uma nuvem indigente
deslocada da ordem de um anil que se quer claro.

Nuvem que só se aproxima de um Sol
Ardente, qual esfera em movimento incessante,
Passa, esconde-o, mas depressa parte.
Sabe que é só uma num Céu que se quer para toda a gente.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Milan Kundera

O Amor é um Prémio sem Mérito

O amor é, por definição, um prémio sem mérito. Se uma mulher me diz: eu amo-te porque tu és inteligente, porque és uma pessoa decente, porque me dás presentes, porque não andas atrás de outras mulheres, porque sabes cozinhar, então eu fico desapontado. É muito mehor ouvir: eu sou louca por ti embora nem sejas inteligente nem uma pessoa decente, embora sejas um mentiroso, um egoísta e um canalha.

Milan Kundera, in "A Lentidão

domingo, 3 de julho de 2011

Leva-me contigo!

"olho para tudo
e tudo me faz chorar
deixas me mudo
ja não posso mais falar

Sei que estás confusa
mas isso é normal
para mim és uma musa,
alguém muito especial

Já não te vejo á um dia,
para mim pareceu me um mes
ja te disse o que sentia
agora é a tua vez

Deixa me voar,
quero sair daqui
quero estar no teu lugar,
queria ter te só a ti

Em ti estou seguro,
daqui não vou sair
nem que atravesse o muro
com o risco de cair

Não me largues mais,
eu não te quero perder
tens de voltar ao cais
que sem ti não sei viver

Já senti a plenitude,
não importa o que tinha feito
eras a minha virtude
e nunca foste meu defeito

Digo te o que sinto
não pareces entender
e verdade, eu não minto
tenho mesmo que te ver


Leva me contigo na palma da tua mão
que eu já não consigo pisar mais este chão
leva me pra longe que eu não consigo andar
quero estar contigo em teu mundo em meu lugar

Acabaram se as palavras que saiam de ti
que estivesses onde estavas eu sentia te em mim
abraça me uma vez e outra a seguir
abraços já são três, ja te estou a sentir..


Nao te quero enganar,
sentia me tão bem
quero te olhar,
eu sem ti não sou ninguém

Podes me prender a ti
podes voltar a gostar
diz o que e que fiz
que eu tento mudar

Não suporto ver te assim
sentes te culpada
põe a culpa em mim
axo que foste pressionada

Tenta perceber
não te sintas mal
tenho que dizer
que tudo em ti é especial

Uma página rasgada
e arrancada pelo vento
não penso em mais nada
não me sais do pensamento

Estás em todo lado
nas paredes e no mar
não quero ficar parado
eu não te quero largar

Passa a noite e o dia
sem que os sinta a passar
tudo o que eu queria
era o tempo a parar

Ficava sozinho
talvez tempo de mais
mas talvez é um caminho
para atingir os meus ideiais


Leva me contigo na palma da tua mão
que eu já não consigo pisar mais este chão
leva me pra longe que eu não consigo andar
quero estar contigo em teu mundo em meu lugar

Acabaram se as palavras que saiam de ti
que estivesses onde estavas eu sentia te em mim
abraça me uma vez e outra a seguir
abraços já são três, ja te estou a sentir..
(x2)"

Tiago Bettencourt

Horas

Horas de quase nada
Passam no relógio que bate ao fundo
Ao fundo da sala onde te sentas plácida.
O tom do relógio é lânguido e arrastado.

Entro nessa sala vazia de sentimento,
Onde tudo paira inerte, sem vida.
Olho em redor, fixo em ti meus olhos
Miro-te, observo-te e admiro-te.

Tens os traços que um dia
Um artífice esculpiu
Quem te viu ignorou-te e passou,
Milhares de olhos te vislumbraram e ignoraram,
Eu não. Quero-te mas só te tenho em sonhos.

....
...

sábado, 2 de julho de 2011

O Coração-Mente

Poema que deriva de um qualquer agudo pensamento que se me varreu! Uma sensação de curto-circuito entre o coração e a mente... eles são íntimos parceiros para a nossa sobrevivência, mas aguerridos lutadores em convivência dentro do que forma o nosso SER.

Saiu de uma caneta verde algo assim:

" Do que o coração quer
Ao que a mente sente
Medeia uma profusa torrente.
Longa e distante dos sentidos.
Rumo ao desencontro
De uns vermelhos lábios alheados,
Portados por uma mulher...
De longos e lisos cabelos cobreados."